Encontros da Confraria

Encontros nas terceiras terças feiras do mês, na Do Arco da Velha Livraria e Café, das 19h às 20h30min..

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Agatha Christie no 56º Encontro da Confraria


No dia 20 de maio de 2014 ocorreu nosso 56º encontro. A obra escolhida foi a Clássica Estória da Dama da Morte Agatha Christie, "O Caso dos Dez Negrinhos", cujo nome foi alterado para "E não sobrou nenhum". 
A coordenação do encontro foi da confreira Tatiane Becker. 




Sobre a Autore e a Obra:

Agatha Mary Clarissa Christie (nascida Miller; Torquay, 15 de setembro de 1890 — Wallingford, 12 de janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Os livros de Christie são os mais traduzidos de todo o planeta, encontrando-se pelo menos em 103 idiomas diferentes. Venderam mais de 400 milhões no total e são superados apenas pela Bíblia e pelas obras de William Shakespeare.
Conhecida como "Duquesa da Morte", "Rainha do Crime", dentre outros títulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros. Agatha Christie escreveu também sob o pseudônimo de Mary Westmacott.


Ten Little Niggers, no Reino Unido, ou And Then There Were None, nos Estados Unidos (O Caso dos Dez Negrinhos, no Brasil e Convite para a Morte ou As Dez Figuras Negras, em Portugal) é um romance policial de Agatha Christie, publicado em 1939. É o livro mais vendido de Agatha Christie, e também um dos maiores best-sellers de todos os tempos, com cerca de 100 milhões de cópias vendidas.
O título do livro causou polêmica, principalmente nos Estados Unidos, por conta dos "negrinhos" no título. Por isso, no mercado norte-americano ele é conhecido como And Then There Were None ou Ten Little Indians. O livro chegou a ser publicado no Brasil nos anos 50, com o título de O Vingador Invisível, e em 2008, com o título de E Não Sobrou Nenhum.
A história passa-se numa ilha deserta situada na costa de Devon, sendo que ela é narrada totalmente na terceira pessoa e descreve a vivência de dez estranhos (entre si) que foram atraídos para a mansão da ilha por um misterioso homem, que têm as iniciais: U. N. Owen.

No primeiro capítulo do livro (dividido em oito partes) é relatada a viagem de oito dos dez estranhos, que se encontram todos a caminho da ilha. Nesta primeira fase conhecem-se os motivos que as oito pessoas têm de se dirigir à ilha. Na data combinada, os oito chegam no lugar, encontrando-se com os criados de U. N. Owen: Mr. e Mrs. Rogers. Os mesmos contam que seus patrões, por motivos pessoais, não puderam vir para a ilha, e que os convidados terão de esperar um pouco pela sua chegada.
Mais tarde, quando os hóspedes terminam o jantar, uma voz vinda de um gramofone colocado junto à parede de uma sala contígua faz acusações contra os dez (os oito convidados e o casal Rogers), todas elas envolvendo a morte de alguém. É eletrizante o fato de que no final é comprovado que todas as acusações, com exceção de uma, eram de fato verdadeiras.
Amedrontados e indignados com o que acabaram de ouvir, os convidados tentam procurar com Mr. Rogers informações sobre o casal U. N. Owen (abreviação de Unknown “desconhecido, incógnito, anônimo”). Mas ele nega com veemência sequer conhecê-los. Eles encontram o disco que tem o nome "O Canto do Cisne". Todos estão assustados e temerosos, com exceção de um deles, um jovem altamente imprudente. Sem maiores dificuldades, todos decidem que a melhor coisa a fazer é sair do local pela manhã. O grande problema é que a única forma de locomoção é um barco que vem do continente, mas que pelo simples fato do mar estar agitado não consegue chegar na ilha.
Enquanto estão na ilha, todos vão sendo assassinados. Cada morte segue precisamente ou em parte o que diz um poema emoldurado no quarto de cada um (mostrado abaixo). A medida que as mortes vão ocorrendo, fica claro para os hóspedes que um deles é o assassino e para piorar a situação, as condições climáticas impedem que eles saiam da ilha ou peçam ajuda.


O Poema

Ten Little Niggers (Os dez negrinhos) – Edição Inglesa

Ten little nigger boys went out to dine;
One choked his little self and then there were Nine.
Nine little nigger boys sat up very late;
One overslept himself and then there were Eight.
Eight little nigger boys travelling in Devon;
One said hed stay there and then there were Seven.
Seven little nigger boys chopping up sticks;
One chopped himself in halves and then there were Six.
Six little nigger boys playing with a hive;
A bumble bee stung one and then there were Five.
Five little nigger boys going in for law;
One got into Chancery and then there were Four.
Four little nigger boys going out to sea;
A red herring swallowed one and then there were Three.
Three little nigger boys walking in the Zoo;
A big bear hugged one and then there were Two.
Two little nigger boys sitting in the sun;
One got frizzled up and then there was One.
One little nigger boy left all alone;
He went out and hanged himself and then there were None.

  
And Then There Were None (E não sobrou nenhum) – Edição Americana

Indian Island

Ten little Indian boys went out to dine;
One choked his little self and then there were nine.
Nine little Indian boys sat up very late;
One overslept himself and then there were eight.
Eight little Indian boys travelling in Devon;
One said he'd stay there and then there were seven.
Seven little Indian boys chopping up sticks;
One chopped himself in halves and then there were six.
Six little Indian boys playing with a hive;
A bumblebee stung one and then there were five.
Five little Indian boys going in for law;
One got in Chancery and then there were four.
Four little Indian boys going out to sea;
A red herring swallowed one and then there were three.
Three little Indian boys walking in the Zoo;
A big bear hugged one and then there were two.
Two little Indian boys sitting in the sun;
One got frizzled up and then there was one.
One little Indian boy left all alone;
He went and hanged himself
and then there were none.


O Caso dos Dez Negrinhos ( Tradução da versão Inglesa)

Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, e então ficaram oito.
Oito negrinhos vão a Devon de charrete;
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete.
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, e então ficaram seis.
Seis negrinhos de uma colméia fazem brinco;
A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares;
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no Zôo.
E depois? O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou um.
Um negrinho aqui está a sós, apenas um;
Ele então se enforcou, e não ficou nenhum.


E não sobrou nenhum (Tradução da versão Estadunidense)

Dez Soldadinhos saem para jantar, a fome os move;
Um deles se engasgou, e então sobraram nove.
Nove Soldadinhos acordados até tarde, mas nenhum está afoito;
Um deles dormiu de mais, e então sobraram oito.
Oito Soldadinhos vão a Devon passear e comprar chiclete;
Um não quis mais voltar, e então sobraram sete.
Sete Soldadinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles cortou-se oa meio, e então sobraram seis.
Seis Soldadinhos com a colmeia, brincando com afinco;
A abelha pica um, e então sobraram cinco.
Cinco Soldadinhos vão ao tribunal, ver julgar o fato;
Um fica em apuros, e então sobraram quatro.
Quatro Soldadinhos vão ao mar; um não teve vez,
Foi engolido pelo arenque defumado, e então sobraram três.
Três Soldadinhos passeando no zoo, vendo Leões e bois,
O urso abraçou um, e então sobraram dois.
Dois Soldadinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então sobrou só um.
Um Soldadinhos fica sozinho, só resta um;
Ele então se enforcou, e não sobrou nenhum.

             Confrades concentrados em saber quem é o assassino.



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